Outubro Rosa / A importância do manejo da dor no tratamento do câncer de mama

04/10/2024
Dr. Carlos Marcelo de Barros
O câncer de mama é um dos tipos mais comuns de câncer entre as mulheres, e o diagnóstico precoce, aliado a um tratamento eficaz, pode aumentar significativamente as chances de cura. No entanto, além dos desafios emocionais que acompanham essa jornada, muitos pacientes enfrentam dores intensas que podem surgir durante e após o tratamento. A dor no câncer de mama pode se manifestar de várias formas, incluindo dor crônica, dor neuropática e dor pós-operatória. Por isso, o manejo adequado da dor é essencial para garantir uma melhor qualidade de vida durante todo o processo de tratamento e recuperação.
 
Por que a dor acontece?
A dor associada ao câncer de mama pode ser resultado de várias causas, como o crescimento do tumor, inflamações nos tecidos afetados, cirurgias, tratamentos como quimioterapia e radioterapia, e até mesmo a lesão mamária. Em alguns casos, a dor pode persistir mesmo após a conclusão do tratamento, caracterizando a chamada crônica.
 
Manejo da dor no câncer de mama
O manejo do dor no câncer de mama deve ser multidisciplinar e personalizado, considerando as necessidades específicas de cada paciente. A abordagem pode incluir:
 
Analgésicos e Medicamentos Adjuvantes:
O uso de analgésicos é comum para controlar dores agudas e crônicas. Medicamentos adjuvantes, como antidepressivos e anticonvulsivantes, também podem ser usados ​​para tratar dor neuropática associada ao câncer.
 
Intervenções Minimamente Invasivas:
Para casos em que a dor é mais resistente aos medicamentos, procedimentos intervencionistas, como bloqueios nervosos e injeções epidurais de esteroides, podem oferecer alívio significativo. Essas técnicas são aplicadas por médicos especializados em dor e podem ser realizadas em ambiente ambulatorial.
 
Fisioterapia e Reabilitação:
A fisioterapia desempenha um papel crucial na recuperação pós-operatória, ajudando a restaurar a mobilidade e a força muscular, ao mesmo tempo em que alivia a dor. Manual de técnicas de terapia, exercícios específicos e aplicação de calor ou frio são frequentemente usados.
 
Terapias Complementares:
Técnicas como acupuntura, massagens terapêuticas, e meditação podem complementar o tratamento convencional, ajudando a minimiza a percepção da dor e melhorar o bem-estar geral da paciente.
 
Apoio Psicológico:
O apoio psicológico é fundamental para lidar com o impacto emocional da dor crônica e do câncer de mama. Psicoterapia, grupos de apoio e terapia cognitivo-comportamental podem ajudar a paciente a desenvolver estratégias de enfrentamento e resiliência.
 
A importância da comunicação aberta
É vital que os pacientes se sintam confortáveis ​​para discutir a dor com seus médicos, expressando a intensidade, a localização e a duração da dor, bem como isso afeta suas atividades diárias. Essa comunicação aberta permite que uma equipe médica ajuste o plano de tratamento conforme necessário, garantindo que um dor seja controlado e controlado.
 
O câncer de mama não precisa ser enfrentado sozinho, e o manejo adequado da dor é uma parte essencial do cuidado integral. Com uma abordagem multidisciplinar que combina medicamentos, intervenções, terapias complementares e apoio psicológico, é possível viver com menos dor e mais qualidade de vida durante e após o tratamento do câncer de mama. Durante o Outubro Rosa, reforçamos a importância de cuidar não apenas da doença, mas também da dor, garantindo que cada mulher tenha o suporte necessário para enfrentar essa batalha com dignidade e força.
 
⚕ Dr. Carlos Marcelo de Barros - CRM/MG 39.448
Anestesiologia RQE 16.085 / Área de atuação em Dor RQE 42.108 / Medicina Paliativa RQE 47.014
(35) 3299-6414 / (35) 3299-6415
www.carlosmarcelo.com.br
Design by: eWorld