20/02/2025
Dr. Carlos Marcelo de Barros

A dor crônica é uma das condições que mais afeta a qualidade de vida das pessoas ao redor do mundo. Muitas vezes, ela é difícil de controlar e resiste a tratamentos tradicionais, impactando desde a mobilidade até o bem-estar psicológico. Felizmente, a medicina tem evoluído de forma significativa, e hoje podemos contar com procedimentos intervencionistas de alta tecnologia para oferecer alívio rápido e eficaz aos pacientes.
 
O que são procedimentos intervencionistas para dor?
Os procedimentos intervencionistas para dor envolvem técnicas minimamente invasivas que têm como objetivo tratar a dor diretamente na sua origem. Ao invés de simplesmente aliviar os sintomas com medicamentos, esses tratamentos atacam o foco da dor, proporcionando uma solução mais duradoura e eficaz. Entre as principais opções estão a neuromodulação e a radiofrequência, ambas métodos que têm revolucionado a forma de tratar dores crônicas.
 
Neuromodulação: alterando os sinais nervosos
A neuromodulação é uma técnica que utiliza impulsos elétricos para modificar a atividade elétrica dos nervos responsáveis pela sensação de dor. Esses impulsos são administrados por dispositivos implantáveis, como marcadores de medula espinhal ou estimulação nervosa periférica, que enviam sinais que alteram a percepção da dor.
Esse procedimento é especialmente eficaz no tratamento de dores neuropáticas, que são causadas por lesões nos nervos e muitas vezes não respondem a analgésicos comuns. É uma solução inovadora que oferece alívio duradouro, proporcionando aos pacientes mais controle sobre sua dor e, consequentemente, sobre sua vida.
 
Radiofrequência: interruptores de dor nas articulações e coluna
Outro procedimento intervencionista de grande sucesso é a radiofrequência, que consiste em usar ondas de calor para interromper a transmissão dos sinais de dor nos nervos. A radiofrequência é particularmente útil no tratamento de dores articulares, lombares e cervicais, que podem ser difíceis de tratar com medicamentos tradicionais.
O procedimento funciona aplicando uma corrente elétrica de alta frequência em uma agulha finíssima, que é direcionada ao nervo responsável pela dor. A partir disso, a onda de calor é gerada e interrompe a capacidade do nervo de transmitir a dor para o cérebro, proporcionando um alívio prolongado.
 
A grande vantagem dos procedimentos intervencionistas é que eles oferecem uma opção mais segura e eficaz para pacientes que não têm resposta aos tratamentos convencionais. Eles são realizados com mínima invasão, o que reduz riscos de complicações e diminui o tempo de recuperação.
 
Além disso, essas técnicas podem proporcionar alívio rápido e duradouro, permitindo que os pacientes voltem a realizar suas atividades cotidianas, como trabalhar, praticar esportes ou até mesmo interagir com a família, sem o incômodo constante da dor.
 
Quando considerar os procedimentos intervencionistas?
Se você sofre de dores crônicas que não melhoram com medicamentos ou terapias convencionais, ou se a dor tem um impacto significativo em sua qualidade de vida, os procedimentos intervencionistas podem ser a solução que você procura. Eles são indicados para condições como:
Dor nas costas (lombalgia e cervicalgia)
Dor neuropática
Artrite e outras doenças articulares
Dores pós-cirúrgicas
Dor relacionada ao câncer
 
Cada caso é único, e a indicação desses procedimentos deve ser feita por um médico especialista em dor, que poderá avaliar a melhor abordagem para o seu quadro clínico.
Não deixe que a dor controle sua vida. A medicina intervencionista está aqui para ajudar você a recuperar sua qualidade de vida.
 
⚕ Dr. Carlos Marcelo de Barros - CRM/MG 39.448
Anestesiologia RQE 16.085 / Área de atuação em Dor RQE 42.108 / Medicina Paliativa RQE 47.014
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